quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Espaço

Há quem não precise de espaço. Há quem sinta falta dele. O espaço é muito para além de área. E ainda bem!
Hoje saí do espaço neutro, daquele mundo meu. No fundo, fazemo-lo no quotidiano. Não vivemos isolados, a cada passo neste caminho vamos abrindo espaço, alargando horizonte. Deixando que pequenas coisas nos transportem para outros mundos, outros espaços. Alargamos também o nosso para que essas pequenas coisas entrem, caibam, façam parte. E na cumplicidade que vamos construindo por puro empirismo, também temos necessidade de método, de teoria, algumas regras. Importantes moldes, que nos permitem isolar espaço, ganhar espaço, limitar terreno, plantar árvores de fruto e fazer colheitas. E, por vezes, abrimos todo o nosso espaço para que a zona de conforto alheia possa eventualmente encontrar um lugar neste espaço, nosso. Foi assim!
Num dia de encontros sobre livros e escrita, que incluiu bloggers que quase vivem esta arte de partilhar o que quer através deste canal, que chamam blog, explicaram-me uma forma engraçada de justificar esta busca algo narcísica de “ter” um. Um blog!
Há efectivamente momentos, tempos, formas, figuras que precisamos deixar registadas… É catarse! Partilhadas as vicissitudes da vida parecem mais facilitadas. Sentimos necessidade de dividir, de separar o todo para percepcionar cada parte. Precisamos construir diagramas para juntar os blocos.
Às vezes precisamos verbalizar tanto do que procuramos, do que encontramos, que assumimos a potência do que é sensorial para caminharmos mais firmes. Como na fotografia, criamos a imagem do momento registado. Queremos a imortalidade deixada em forma palpável… E a escrita, podendo ser ciência abstracta, pode ser forma física de essência e existência.
- Para quê um layout? Afinal o blog deve servir o objectivo que te propuseste. Se queres partilhar parte do que escreves, então apenas precisas de espaço. Ponto! (by Um Tipo Totalmente Desconhecido)
Gostei! Custa, mas vai ser isso mesmo.
Sou uma romântica… Portanto, mesmo concordando, gosto sempre de uma folha de papel em branco! A força das palavras somos nós que medimos, como braço de ferro na maioria das vezes. São as emoções mais fortes que nos exacerbam a criatividade. E diria, que esta guerra de titãs pela exaltação do ser em relatos escritos pode ser tendência…

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