terça-feira, 26 de outubro de 2010

pérolas

A Pérola, de John Steinbeck… assim permaneceu no limbo de uma história simples. Manhãs sombrias de Outono, folhas encarnadas a sobrevoar o solo. Neste começo de inverno, cheiramos chocolate em cada esquina.
Atormentados pelo cinzento crepuscular, vivemos palpitações de um estádio oscilante, umas vezes amorfo, outras palpitante.
E sinto-me tão viva!
No percurso, a vida feita de pequenos detalhes, de mentes controversas, de pormenores intensos. Momentos apaixonantes e apaixonados que nos levam à distância. Todos temos um lado oculto? Sempre pouco térreo? Buscamos ideais, procuras insaciáveis do original, genuíno… ideal? Diria que na maioria das vezes encontramos continentes, conteúdos, essências apresentadas sob formas simples e simbólicas... Quase permeáveis ao sensorial.
Libertações de elfo… quase me arrisco, às vezes provocamos a levitação para não marcar o chão que pisamos. E se noutras queremos deixar pegada, hoje acordo a pisar leve…
Modificamos estados. A gastronomia molecular para nos trazer as texturas perfeitas dos sabores que conhecemos? É ciência, nem sempre bem conseguida. Falta integração, integridade, a nano relação com o sistema nervoso central!
Num percurso de missão, procuramos encontrar razão, sentido… rumo? Não se procura, encontra-se? Errado. Encontramos porque procuramos. Saímos diariamente despertos, na esperança de um dia diferente. Na esperança de ganho, de escaladas ou quedas livres, de tormentos ou raios de sol, de uma lua nova ou cheia, ou meio vazia, ou meio cheia. Entre pérolas criamos sonhos….

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